Prepare-se para uma revolução (ou um perrengue sem fim) nas viagens aéreas! Em uma busca incessante por cortar custos, companhias aéreas estão desenterrando e dando tração a um projeto que parece tirado de um filme de ficção: os assentos verticais, onde o passageiro viajaria praticamente em pé. A promessa é tentadora – passagens significativamente mais baratas –, mas a grande questão é: você estaria disposto a trocar o conforto (e talvez a saúde da sua coluna) por um preço menor?
A ideia, que já era defendida há mais de uma década pelo CEO da Ryanair, Michael O’Leary, ganhou novo fôlego com o modelo Skyrider 2.0, da empresa italiana Aviointeriors. Esse assento peculiar, que lembra um selim de bicicleta, permitiria aumentar a capacidade das aeronaves em até 20%. As aéreas low cost, em especial, veem nele a solução para voos de curta duração (inferior a duas horas), argumentando que a experiência seria similar à de viajar em pé em ônibus ou trens superlotados.
No entanto, as preocupações são muitas. O conforto é o ponto mais óbvio, mas há também sérios questionamentos sobre riscos à saúde em voos mais longos e, crucialmente, a segurança durante turbulências ou emergências. Embora a fabricante garanta que os assentos verticais seguem todas as normas internacionais de segurança e seriam restritos a rotas específicas, a imagem de dezenas de passageiros "semi-em pé" em uma aeronave levanta uma bandeira vermelha para muitos.
Com a previsão de disponibilização a partir de 2026, os assentos verticais podem ser a mudança mais controversa e, talvez, revolucionária na aviação comercial. O setor, sempre em busca de tarifas mais competitivas, aposta na disposição dos passageiros em sacrificar o conforto extremo em troca de economia. Resta saber se o público embarcará nessa "nova" forma de voar ou se a busca por passagens baratas terá, de fato, um preço alto demais para a comodidade e o bem-estar.
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